"Quantas vidas cabem dentro de uma vida? Quantos sonhos, são apenas para serem sonhados?
Não sabe se é por ser época de Natal, mas sente colar-se a ela uma melancolia ou será da chuva miúda, que a apanhou de surpresa e se misturou com umas lágrimas inoportunas, que não conseguiu evitar?
A meio da vida, a meio de tudo o que sonha,
deu-se conta de tantas vidas que já viveu
De momentos intensos em ambos os sentidos, a alegria e a tristeza como companheiras que teve que aceitar, aos pares.
E lá estava ela menina, aventureira e fantasiosa, sensível mas audaz. Com um coração tão grande tão absolutamente repleto de emoções que sem ninguém perceber, a faziam sofrer.
A rapariga, numa cidade grande que queria à força ser protagonista de filmes com histórias de matizes rosa, na cidade de sonho em que vive.
A mulher de lágrimas de chuva, que perdeu e se perdeu num mundo real.
Porque a vida não é o que se espera dela.
Porque a morte de quem se ama nos trava
e nos deixa nus.
Desprotegidos, feridos e sem norte.
E o amor. Nem sempre existe.
E a rapariga de ontem que queria ser protagonista de histórias perfeitas, agora vacila e não crê.
Talvez o filme mude e na
segunda parte, seja a de uma mulher à chuva a sorrir,
porque a vida lhe está a dar outra oportunidade
e um dia, quem sabe, irá escrever sobre outras mil vidas,
já velha e cheia de histórias para contar.
Sobre a infância feliz, a rapariga de olhos sonhadores e a mulher com mais perdas do que ganhos que conseguiu, mesmo assim ser feliz. Muito feliz. "
PS : poema que tirei no Facebook que se identifica tanto comigo ✨✨