terça-feira, agosto 17, 2021

Stop Afeganistão 😢😢

 TARMINA E O MUNDO DISTANTE


Era um mundo distante.

Tarmina, de uma família pobre como a maior parte dos meninos que conhecia.

Entre as crianças como ela o medo era ser entregue enquanto escrava a um algum homem da guerra.

Quando tinha doze anos propuseram ao pai um determinado guerrilheiro. Mas as negociações falharam. E agora, aos quatorze, era certo e sabido que não ia escapar.

A irmã mais velha fora abandonada num campo deserto.  Tinha já a vetusta idade de 23 anos.  E dera à luz oito filhos dos quais não sabia do paradeiro.

O pai só conseguia dinheiro vivo vendendo as filhas.

A irmã mais nova tinha onze anos, mas já era cobiçada.

Nunca perguntava nada ao pai. À mãe, sim.

Ela dizia que não havia nada a fazer. Era o destino. 

Questionava sobre a Europa onde as meninas até aos dezoito anos eram consideradas crianças, estudavam e só casavam se quisessem.

- São os países dos ricos e não dos pobres.  Onde há riqueza, as meninas têm uma vida de luxo. Mas não te preocupes.  Talvez algum homem da guerra te trate bem-.

No grupo das raparigas que se juntava no pátio não havia ilusões. Seriam vendidas mais dia menos dia.

Os guerrilheiros apreciavam carne fresca. E rodeavam-se de crianças.

(A Europa era referida como um paraíso. Como chegar lá?).

Dizia-se que se um homem maltratasse uma mulher, chegava a ir preso.

Que estranho.  

E em outros países do mundo também se vivia bem.

Um dia perguntara à velha irmã como fora a sua experiência.

Ela chorava. Nem queria abordar tal assunto.


Sem estar à espera, súbito, o pai disse a Tarmina que já lhe arranjara um guerrilheiro.

Teriam de se deslocar a um local, onde a levariam.

Tarmina desatou a chorar convulsivamente.

 O pai esbofeteou-a.

- Cala-te-.

No dia seguinte, de madrugada, lá foi.

Tudo muito rápido. Enfiaram-na na parte de trás de um carro escuro.

Tremia de medo.

Mas, que remédio. Era o destino.

 Mais de duas horas de viagem e chegaram a um local ermo.

Saíram. Dentro de uma casa em   mármores, foi conduzida por uma mulher a um quarto onde a lavaram e a prepararam para conhecer o dono.

O corpo com a fadiga do mundo.

Sentia-se mal e quase a desmaiar.

Deram-lhe um líquido.

Surge então o guerrilheiro.

 Sem falar, despe-a brutalmente.

Penetra-a com violência.

(Ele nem tirara as vestes).

Após o ato, vai-se embora.

Ela, dolorida em extremo, contorce-se de raiva. Não consegue adormecer.

E nas noites seguintes teve a visita do homem.

Já não havia margem para o pensamento ou para o sonho. Era o pesadelo da existência.

Ficou grávida.

Da família nunca mais soubera.

Ia para uma espécie de salão onde estavam outras raparigas grávidas ou marginalizadas.

Falavam entre si a medo.

A guardiã já tinha muito idade. Ia pelos trintas.

Entretanto constou que o homem da guerra já conseguira mais duas meninas de doze anos.

 Tudo era dito com meias palavras. É que havia as delatoras.

Tarmina soube que o dono, após a gravidez, queria entregá-la de presente a um outro senhor.

Ficou despedaçada.

Quem não alinhasse, bem podia morrer ou ficar desfigurada.

Falava-se com receio de uma jornalista ocidental que andava a pesquisar  o destino delas .

Mas a este refúgio não chegava ela, de certeza.

Quando pariu o filho, retiraram-no e nunca mais o viu.

Passados uns dias já estava preparada para ser entregue a outro homem.

Não havia como escapar.

A realidade pura e dura.

Passar de dono em dono até à rejeição.

Um mundo distante. A pele estigmatizada e violentada.




Ps: como é possível isto no século 21?? É tão triste e tão ridículo enfim.. Que acabe estas situações escandalosas, as crianças merecem ser feliz mas não assim tortura las.. 😢😢😢



Terça-feira 🥰


 






Olá meus seguidores hoje fui à praia de Esmoriz matar saudades, minha praia preferida.. Estava vento mas o sol era quentinho... Sim fui com o meu pai é claro e comi um gelado hehe
Como é bom aproveitar cada momento 🥰🥰

segunda-feira, agosto 16, 2021

O que somos cá na terra!?

 

Vezes sem conta penso o que somos cá na terra?! Somos nada, zero.. Significamos tão pouco na terra, num momento estamos ca como derrepente não estamos... E ultimamente tenho sentido raiva e revolta, sim o tormento começa de novo por causa da minha tia que tem cancro nos pulmões.. Quando irá acontecer só coisas boas? Quando irei puder viver a vida sem sofrimento desta maldita doença cancro nos meus familiares?? Só quero bem e só penso na felicidade, mas tem sido difícil.. Enfim a vida é uma porcaria...